terça-feira, 7 de junho de 2011

O começo de tudo



Eu já estava avisada que iria pro Retiro do Maranathá e fui pra paquetá,porque eu iria ficar la e ao mesmo tempo ir pro retiro por 3 dias e deixar minhas coisas no hotel.No dia,fiquei meio na duvida se iria ou não(eu tava de férias),mas resolvi ir.Eu e Bete,pegamos a barca de 17:30(Paquetá---Rio) e iriamos esperar o onibus que nos levaria até o sitio.Fui no onibus tentando dormir e ouvir musica,não conseguia muito porque as mulheres(sim,o retiro eram so pra mulheres),vinham cantando musicas religiosas e entranhava nas minhas musicas do mp4 e se eu aumentasse mais o volume,iria ficar surda...
Chegamos no sitio e eu estava morrendo de fome e de sono(principalmente de sono).Tinha canja de galinha e comi uns 3 pratos de sopa e ainda comi um macarrão depois,pensando eu que iriamos dormir,que nada: separaram a gente por quartos(e logico que pro meu azar,fiquei s/ cama,tive que dormir em colchonetes) e fomos pra uma palestra.Vi  um ‘’menino’’ bonito na palestra e fiquei olhando,+ tarde fui descobrir que era uma menina lesbica que parecia um menino(a lokaaa,eu rs).
Finalmente fomos dormir tipo 1h e pouco da manha e tinhamos que acordar as 7( q merdaa!) e tipo,eu odiava tudo aquilo(nem tudo,mas a maior parte): não gostava de ficar ouvindo e vendo palestra o tempo todo,eu queria me divertir no sitio.
Sempre que eu levantava pra ir ao banheiro ou beber agua,alguma das servas diziam:’’pode deixar que eu pego agua pra vc’’ ou ‘’eu te acompanho até o banheiro’’,falei nada porque sabia que era o trabalho delas.
Dia seguinte,tava sentada perto da porta,tentando gostar da palestra e haviam dito pra gente que não era pra falar com os internos da casa,não falei e nem tinha porque falar,só fiquei olhando até porque 1 amigo nosso de paqueta,havia ficado na casinha deles,porque ele era o unico homem,tirando o Renato,que estava la.Eu  passava pra ir ao banheiro e os internos olhando e tals e eu falava com meu amigo,o Dão... Daí percebi um dos internos olhando pra mim direto: ele era branco,cabelos pretos enrolados,olhos verdes,super bonito,fiquei meio sem graça,confesso(mas como sempre,adoro que olhem pra mim rs).
Comecei a fazer amizade com as senhoras do meu quarto e comentei com uma delas que o interno tava olhando pra mim,mas que eu não poderia falar com ele...
3º dia chegando,acabando o retiro,e eu nada... Quando preparavamos a mala,minha nova colega disse: ‘’eu vou la falar com ele..ngm vai ver,tamos indo embora mesmo..’’,acho que não consegui dizer nada,tava com medo e muito ansiosa.
Quando viemos conversando sobre ele,ele passou na minha frente,que ia atender um telefonema e ele olhou pra mim intensamente.Nunca havia me acontecido isso: de gostar de alguem so na troca de olhares...
Pelo menos,tenho algo pra contar pros meus filhos  e netos,que acredito em amor a primeira vista.
Eu sai correndo,pra não ve-la fazer o que prometeu,minutos depois,ela veio falar comigo.Eu disse: ‘’e ai,falou com ele?’’
Ela: ‘’falei sim’’
Eu: e como foi?
Ela: ‘’Perguntei a ele qual era o nome dele e ele disse que era Rodrigo,ele disse que era foragido da policia  e pediu que eu lhe desse o recado pra que vc pudesse ligar pro sitio e falar com ele’’

Sentei no onibus,sentindo um vazio..lembro estar ouvindo ‘’Inalcanzable’’ do RBD e pensando no Rodrigo,muito.


Uns meses depois,voltei ao retiro masculino para trabalhar,lembrei que ainda não havia visto quem eu queria e pra minha surpresa,ele já havia saido de la e eu me senti sem chao,porque eu não havia tido coragem de ligar pra la e falar com ele(e o que eu ia falar? Não haviamos trocado nenhuma palavra)  e eu não tinha contato dele(nisso me arrependo profudamente..).Lembro que deitei na cama a noite e chorei,não tinha muito sentido estar ali sem poder olhar pra ele..
Até porque quando voltei do Retiro(do 1º),escrevera uma carta pra ele,mas que nunca foi respondida.
Consegui com o senhor que tomava conta dos internos,que conspirasse a meu favor e procurasse na ficha dele,o tel da ksa dele, mas de novo,eu vacilei,e deixei isso pra la.
Todo dia eu penso que um dia vou encontra-lo,mas sera?

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